Cristofobia é solenemente ocultada pela grande imprensa brasileira
O reconhecido jurista, mas nem tão bem conhecido pensador e ensaísta Ives Gandra Martins escreveu um artigo para o portal do Jornal do Brasil trazendo números alarmantes sobre a violência decorrente da cristofobia islâmica que aos poucos começa a romper os filtros digitais que separam o que acontece no mundo antigo (África, Ásia e parte da Europa) do que é divulgado no mundo novo, leia-se América, incluindo o Brasil.
O texto de Gandra também foi baseado em reportagem da revista Newsweek, de 13 de fevereiro, onde o repórter Ayaan Hirsi Ali apresentou farto material sobre a guerra que os países islâmicos estão desencadeando contra os cristãos, com muitos exemplos que deixarei de lado para não estender demais essa introdução, mas destaco o trecho do texto que afirma que “os ataques terroristas contra cristãos na África, Oriente próximo e Ásia cresceram 309% de 2003 a 2010”.
Ainda sobre o texto de Granda, copio o trecho em que ele questiona o comportamento da imprensa sobre esses fatos: “Ocorre, todavia, que as notícias sobre esta “Cristofobia islâmica” são desconhecidas no país, com notas reduzidas sobre atentados contra os cristãos, nos principais jornais que aqui circulam. Um homossexual agredido é manchete de qualquer jornal brasileiro. Já a morte de dezenas de cristãos, em virtude de atos de violência planejados, como expressão de anticristianismo, é solenemente ignorada pela imprensa”.
Vitimologia da cultura islâmica
Outro pensador que recentemente proferiu palestra no Rio de Janeiro sobre o tema foi o professor Alexandre de Valle, doutor em geopolítica, professor de relações internacionais na Universidade de Metz, na França, e consultor do Parlamento Europeu sobre assuntos islâmicos. Seus números apontam que a cada 5 minutos um cristão é morto por causa de sua fé, contabilizando um total 105 mil pessoas assassinadas por ano pelo fato de serem cristãos. A palestra foi proferida no auditório do Mosteiro de São Bento.
Para Valle, no mercado midiático de “vitimologia”, a vítima mulçumana vale mais que a cristã. Isso justificaria o fato de muito se falar dos 300 mil mulçumanos assassinados no Darfur, enquanto o genocídio de cristãos no Sudão normalmente é esquecido. Segundo o professor, entre 1960 e 2000, dois milhões de cristãos foram assassinados no Sudão do Sul.
Ele acrescenta ainda que quinze milhões de cristãos são perseguidos e humilhados em países mulçumanos e 20 milhões foram exilados em um século, número maior que o dos refugiados palestinos, aos quais os meios de comunicação têm concedido muito realce. Por falar nisso, as redes sociais no Brasil são férteis em adotar slogans como “palestina free” e rejeitam temas como “christians free”, sem entender, muitas vezes, onde se enquadra o Estado de Israel neste contexto.
O professor lembrou ainda que isso tudo fez abrir os olhos dos europeus para a existência de cristãos no Oriente, pois eles até então pensavam que árabes só podiam ser mulçumanos. “Na Europa se pede perdão, contabiliza-se e critica-se a islamofobia. No entanto, nos países mulçumanos ninguém contabiliza, ninguém pede perdão para nada e ainda há pessoas muito ufanas de perseguir e matar cristãos”, disse. A palestra pode ser conferida na íntegra no canal do Justin.tv do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (cf. http://pt-br.justin.tv/institutoplinio/).
No vídeo abaixo, parte de um documentário sobre o tema. Não conheço a origem do material, por isso não comento, mas fica como ilustração e cada um tire suas conclusões. Algumas imagens são fortes, se você prefere não assistir cenas de violência, evite.
Morte para os convertidos ao cristianismo
O caso do pastor iraniano Yousef Nadarkhani condenado à morte por abdicar ao islamismo chamou a atenção de boa parte do mundo para o problema. A pressão da bancada evangélica no Congresso tem feito com que o governo brasileiro ao menos ensaie tirar as vendas dos olhos para o fato. Afinal, mesmo um governo tão alinhado às ditaduras internacionais não pode deixar de dar espaço para a reivindicação da comunidade cristã nacional, leiam-se evangélicos, católicos, espíritas e outros.
Pastor iraniano Yousef Nadarkhani |
O tema também foi fartamente citado durante convenção da Associação Norte-americana de Mídia Religiosa, no Tennesse, nesta semana. O pastor Michael Youssef, fundador e presidente do ministério Leading The Way, disse que existem relatórios vindos de todo o mundo contando sobre o aumento da perseguição em lugares como Iraque, Indonésia, Paquistão, Egito, Irã, Afeganistão, China, Índia e Coréia do Norte. Ele não deixou de mencionar que muitas igrejas de hoje usam seu espaço na rádio e televisão só para prometerem bens materiais e cura, deixando de lado a mensagem da cruz e o verdadeiro sentido do evangelho.
Enfim, amigos. Trouxe este tema hoje porque tenho sido incomodado ao assistir o cristianismo muito acomodado na chamada zona de conforto da salvação individual. É preciso lembrar da missão a que somos chamados. Para concluir, uma mensagem da palavra.
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?”
Romanos 8:35