Como reconhecer o Jesus "roots" (e não confundi-lo com um super-herói da TV)
São muitos os heróis no imaginário pop |
Jesus Cristo é o “personagem pop” mais conhecido no mundo. Em termos numéricos, o Brasil é o segundo maior país cristão do globo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo dados do Censo de 2010, o país verde e amarelo contava com 86,8% de sua população que se confessava como cristã. Ou seja, mais de 150 milhões de brasileiros se consideravam cristãos para o indicador populacional do IBGE.
Apesar dos números, o conhecimento sobre Cristo e seu evangelho é bastante rasteiro, muitas vezes deturpado e em alguns momentos se aproxima das chamadas lendas urbanas.
Muito mais que um super-herói
Personagens de ficção são atrativos comercialmente |
Não duvido que alguns jovens brasileiros hoje encarem o “personagem Jesus” como um super-herói do cinema, sem o glamour das superproduções de hollywood.
Para o entendimento de Jesus é preciso um método definido. Estimo que até mesmo os que não se confessem como cristãos afirmem conhecer Jesus e sua importância histórica.
A maioria conheceu o personagem e sua história através de filmes na chamada Semana Santa dos Católicos em meio ao jejum de carne de boi na sexta-feira, antevéspera da Páscoa. Ou de ouvir falar em alguma música na época do Natal.
Poucos passaram pelo catecismo católico ou pelas escolas bíblicas dominicais das igrejas evangélicas. Menos ainda foram os que absorveram alguma ideia bíblica nas aulas de religião nas escolas, sob a tutela do Estado, com professores formados na tradição de Kant e Marx.
Sincretismo usa o nome de Jesus
O famoso sincretismo brasileiro também levou Jesus para dentro dos terreiros de manifestações religiosas de matriz afrodescendente, para as mesas dos centros espíritas kardecistas, para as redes sociais, com gifs engraçadinhos, e até para os bate-papos em mesas de botecos, onde os filósofos de plantão discorrem com audácia toda sua verve contra esse “personagem”, transformado em “arma de manipulação de massas menos esclarecidas”.
Não vai custar muito para Jesus também ser alçado à galã de alguma telenovela da Record que depois será transformada em filme campeão de bilheteria nos cinemas.
Neste almanaque psicodélico e transloucado da cultura pop em que o nome de Jesus foi lançado fica difícil uma real percepção de Jesus, deste Cristo “roots” (raiz) dos quatro evangelhos, não uma versão genérica embalada segundo o interesse de alguns.
O fato é que Jesus vem sendo utilizado já há muito tempo para referendar todo tipo de instituição. Religiões contemporâneas lhe usam para tirar qualquer tipo de suspeição sobre suas práticas. Para isso, basta dizer que a entidade maior de sua adoração é chamada “Jesus”, mesmo quando o seu ritual e forma adoração são frontalmente contrários a tudo que Jesus ensinou.
Instituições públicas emolduram um crucifixo como se buscassem autenticar as boas práticas lá desenvolvidas, mesmo quando seus líderes esquecem as práticas republicanas.
Bíblia é a base e o fundamento
O caminho mais seguro para esse “desmistificador do personagem” é buscar a Bíblia como fonte de informação sobre Jesus. A despeito da insegurança do senso comum, que muitas vezes tenta lhe tirar o crédito com afirmações simplistas, a Bíblia é possivelmente o livro mais importante do mundo, independentemente do aspecto religioso.
Imprensa de Gutemberg |
Não por acaso, foi a primeira obra do impressor Gutemberg que revolucionou a distribuição de conteúdo gráfico em todo mundo, a partir de 1455. Por sua importância, permaneceu séculos escondida pelos líderes católicos que buscavam ser os únicos capazes de interpretá-la.
A Bíblia continua no primeiro lugar do ranking dos livros mais vendidos no mundo. São aproximadamente 3,9 bilhões de cópias espalhadas pelo planeta traduzidas em mais de dois mil idiomas e dialetos.
Mesmo com esses números absolutamente graúdos não são tantos os que se dispõem a estudá-la. Quantos dos apontados cristãos do início do texto se deram ao trabalho de desfrutar de suas páginas? Em muitas casas a Bíblia é um objeto de decoração, algumas vezes aberta em páginas estratégicas, como o famoso Salmo 91.
Salmo 91 é um ícone pop |
Mas enquanto Jesus não for entendido sob a ótica dos relatos bíblicos persistirá essa ignorância sobre a sua majestade e poder. Jesus Filho de Deus, 100% homem e 100% divino. E sempre haverá espaço para distorções do tipo "ouvi falar", "mas eu acho"...
Para fechar este artigo, um fundamento bíblico:
E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
João 17:3
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Vida Cristã